19/09/2025

monteCCer desenvolve programa pioneiro para mensurar as práticas conservacionistas nas fazendas cooperadas

A Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado de Monte Carmelo (monteCCer), em parceria com a Rainforest Alliance/ IKEA, FronterraBio e o Laboratório Brasileiro de Análises Ambientais e Agrícolas (Labras), apresentou nesta quinta-feira (18), na sede da cooperativa, um programa inédito que busca mensurar a evolução das boas práticas, inicialmente em 11 fazendas cooperadas, por meio de análises de solo e folha.

O projeto foi desenvolvido de forma coletiva e tem como objetivo demonstrar como essas práticas impactam o potencial de bioativação do solo, trazendo proteção e ganhos ambientais, sociais e econômicos.

As coletas de folhas e solo serão realizadas pela FronterraBio e também analisadas pelo Labras. O resultado das análises vão gerar indicadores biológicos, fisiológicos, físicos e químicos do solo, além de dados climáticos e fitotécnicos que serão utilizados para mensurar a evolução da quantidade de carbono alocado nas plantas e no solo das propriedades, fornecendo ainda subsídios para tomadas de decisão mais eficazes no manejo do solo.

De acordo com Luiz Gustavo Rabelo, agrônomo responsável pelo projeto e sócio da FronterraBio, a precisão do estudo está no método de coleta. “Serão realizadas duas coletas — uma no início do projeto e outra após um ano, no mesmo ponto de georreferência. Dessa forma, o produtor terá um panorama real da evolução do solo e das plantas, possibilitando aprimorar suas estratégias de manejo”, explica Luiz Gustavo.

O Superintendente da monteCCer, Regis Damasio Salles, ressalta a importância estratégica da iniciativa: “Este programa está sendo desenvolvido em uma área com mais de 1.000 hectares de café e conecta os desafios climáticos aos manejos regenerativos, assegurando dados estratégicos para uma gestão mais profissional, gerando resultados econômicos.”

Com esta iniciativa, a monteCCer reforça seu compromisso em disponibilizar aos cooperados conhecimento técnico aliado à racionalização do uso de químicos para a produção de cafés diferenciados, promovendo a preservação do bioma Cerrado e a competitividade da cafeicultura regional.